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Público prestigia abertura da Mostra de Cinema Brasileiro no MIS

Publicado em 18/06/2019 Editoria: Cultura sem comentários Comente! Imprimir


Em uma atmosfera de amor e respeito pela produção audiovisual nacional, foi aberta na noite desta segunda-feira (17.06), no Museu da Imagem e do Som, a Mostra de Cinema Brasileiro, em comemoração ao Dia do Cinema Brasileiro (19 de junho). O filme escolhido para a abertura foi “O cheiro do ralo”, dirigido por Heitor Dhalia.

“É um filme interessante. Os filmes que passam aqui no MIS são bons, mas muita gente não conhece o espaço. Às vezes eu acho um descaso com o que Campo Grande tem a oferecer na área da cultura. Aqui é um ambiente bacana, principalmente para estudantes, que não têm muita grana, pois os eventos são gratuitos, e são filmes que não passam nos outros cinemas”, diz o estudante de Jornalismo, Francisco Guitti.

Francisco Guitti e Isabella Abreu

Sua namorada, a acadêmica de Artes Visuais Isabella Abreu, curte muito os filmes nacionais, e o que ela considera como sua maior característica é a temporalidade. “O tempo de narração é diferente”. “O que não é explorado em filmes de outras nacionalidades”, diz Francisco. “Aqui as produções têm muito da linguagem, gírias, uns regionalismos linguísticos e formas de comportamento de cada Estado, a Arquitetura de cada região”.

Os amigos Lucas Meira, acadêmico de Direito, e Ana Laura Penha, estudante de Medicina, vieram ao MIS pela primeira vez, com a amiga Mariana Maia, estudante de Direito, que já é veterana na casa. “Sempre tive curiosidade de vir, mas às vezes falta tempo. Hoje a Mari me convidou. A gente não vai ter oportunidade de ver este filme nos cinemas populares. No Paraguai só passam os mais comerciais. Acho interessante poder vir”, diz Ana Laura, que é paraguaia e se sentiu incentivada a estudar no Brasil por sua mãe, que também o fez anteriormente.

 

 Lucas Meira, Mariana Maia e Ana laura

Lucas diz que as grandes bilheterias dos cinemas geralmente apresentam comédias nacionais, deixando uma caricatura sobre o cinema brasileiro. “Mas a gente sabe que o cinema brasileiro é muito mais que isso. É o que a gente veio buscar. Eu conheço o escritor do livro que deu origem ao filme. E as exibições aqui funcionam como uma válvula de escape para o cotidiano, para a rotina, e faz com que conheçamos as coisas, saiamos do comodismo”.

Mariana diz que quando tem eventos, ela vem com os amigos. “Aqui é um espaço de fomentação da cultura em Campo Grande. Participei do Coletivo Feminista na UFMS, e acho importante estar dentro dos acontecimentos culturais”.

A advogada Kézia Miranda, uma das integrantes do Cine Café, responsável pela curadoria da Mostra, sentiu um clima positivo na abertura. “Acho que todos aqui são apreciadores do cinema nacional. E o Cine Café está aberto à sugestão de filmes e a compartilhar conhecimento. Os critérios utilizados na seleção dos filmes para esta Mostra foram os aspectos políticos do país e os cinematográficos. Precisaríamos de muito mais que três dias para representar o audiovisual nacional. Nessa Mostra escolhemos dois filmes mais recentes e no último dia vamos prestigiar um ator da nossa terra: vamos fechar a mostra com ‘Caingangue’, com a presença de David Cardoso. Também na quarta-feira (19.06) vamos realizar debates e reflexões sobre as dificuldades de se fazer cinema em Mato Grosso do Sul”.

 

Kézia Miranda, uma das integrantes do Cine Café

Kézia falou sobre sua motivação para continuar realizando este movimento cultural com o Cine Café e a importância do apoio do poder público na fomentação da cultura. “Eu vejo a carência cultural que nossa cidade possui nesta área. Sempre fui apaixonada pelo audiovisual, que tem o poder da democratização da informação, e acaba falando muito mais que muitas palavras. Nosso projeto tem caráter itinerante, abrange público de todas as faixas etárias, com diversas formações e de diferentes classes sociais, o que também caracteriza nossos integrantes da organização. Isto traduz nossa abrangência, e com a força e o apoio do poder público, adquirimos ferramentas e espaços de exibição, como o MIS, para difundirmos informações, fomentarmos a cultura e instigarmos o debate”.

A Mostra de Cinema Brasileiro continua nesta terça-feira (18.06), às 19 horas, com o filme “A erva do rato”, dirigido por Júlio Bressane (classificação: 16 anos). Encerrando a programação, às 19 horas, o MIS exibe na quarta-feira (19.06) o filme “Caingangue – A pontaria do diabo” (classificação livre), no Cine Café Especial, com a presença do ator David Cardoso. A direção deste faroeste é de Carlos Hugo Christensen.

Serviço: A entrada para as exibições é franca. O MIS fica no Memorial da Cultura e da Cidadania, na avenida Fernando Correa da Costa, 559 Centro, no terceiro andar. Telefone: (67) 3316-9178.

› FONTE: http://www.campogrande.ms.gov.br


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